quinta-feira, 24 de abril de 2014

A essência do esvaziamento - Cântaro vazio e vaso de alabastro quebrado


Olhei no espelho esta manhã e observei que muito de mim ainda estava aparecendo. Meu eu, meus problemas, meu egoísmo em centralizar- me nas coisas que me preocupam. Senti Deus falando comigo e me pedindo : ESVAZIAMENTO.
Entendi que se estava tão envolta em pensamentos e preocupações era porque estava faltando mais de Deus em mim.

O resultado do esvaziamento de si mesmo  é a ausência de angústia, ausência de preocupações e ansiedades. Ausência do que é natural e abundância do que é sobrenatural.
Como você está vivendo?   Quanto há de você e quanto há de Deus? Quando há mais de Deus, somos preenchidos de fé, alegria, mansidão, temperança , confiança de que tudo está sobre controle.

Então o Senhor está te fazendo um convite: ESVAZIA-TE DE SI MESMO!
Quero usar o exemplo de duas mulheres que viveram a experiência do esvaziamento:

1)    O esvaziamento do cântaro – João 4:10

A vida da mulher samaritana , sua rotina, provavelmente  incluía   muitas preocupações, talvez muitas feridas e com certeza uma busca incessante pela felicidade. Mas  Jesus viu algo mais naquela mulher .  Ela estava buscando água para encher seu cântaro, mas havia algo além da necessidade física, Jesus identificou uma necessidade espiritual e uma carência emocional. A palavra de Jesus para ela foi: “  Se você beber da água que eu te der, jamais terá sede novamente”.

Temos constante sede de respostas, de organização do tempo, de soluções, de mudanças, mas a resposta está simplesmente em ter SEDE de DEUS.

A reação daquela mulher foi encher-se das palavras de Jesus, saciar sua sede e abandonar o cântaro vazio. Ela não precisava mais dele, seu interior havia sido saciado.

Creio que precisamos fazer o mesmo, abandonar aos pés de Jesus nosso CÂNTARO, nos apresentarmos a Ele vazios, nos expormos para que  Ele mergulhe em nosso interior e comece colocando ordem em nossa escala de valores e prioridades, nos dando direção para projetos e orientação para solução de problemas, colocando casa coisa em seu devido lugar. Sem resistências, Ele deseja que fiquemos a sós com Ele para que  desnude nosso ser,  sacie nossa sede e acima de tudo nos encha de sua natureza para que nos vejamos como verdadeiros adoradores.
Quando há muito de nós mesmos, ficamos entre um “monte” e outro, buscando de poço em poço, o lugar  da verdadeira adoração, que infelizmente está tomado por uma alma atribulada, agitada, repleta de motivações humanas, quando deveria estar disponível para a total presença Daquele que faz toda diferença.

Quando nos esvaziamos, descobrimos que o lugar que pertence a ELE estava ocupado por nós mesmos. O esvaziamento trás a essência real de Deus e muda toda nossa vida e a vida dos que nos cercam.

2)    O esvaziamento do vaso de alabastro- Marcos 14:3
Uma mulher entra sem ser convidada, surpreende a todos com uma atitude inesperada. Esvazia o vaso de alabastro  e derrama o nardo puro sobre Jesus.

O esvaziamento do vaso de alabastro aponta para o esvaziamento da adoração, que é composto de três pontos importantes:

ü  Começa com uma atitude voluntária, de entrar na presença de Jesus, sem esperar convite.

ü  Ter uma atitude inesperada que surpreenda a todos, oferecer algo que ninguém ainda ofereceu. O unguento das núpcias com o noivo.

ü  Não ter resistência de quebrar o vaso para que todo nardo se derrame.

O esvaziamento da adoração aponta para voluntariedade, busca espontânea de alguém que vai a presença de Jesus por motivação própria, esquece tudo à sua volta  e surpreende a todos porque faz o que ninguém fez.
Essa atitude leva ao enchimento do Espírito Santo, assim como o nardo encheu a casa. Quando somos cheios de Deus , somos impelidos a  derramar-nos sobre o altar, liberar unção sobre as pessoas, sobre os lugares, liberação de uma palavra profética que muda sentenças. Quanto mais nos esvaziamos na adoração, mais somos cheios e preenchidos no corpo, alma e espírito.

Aquela mulher derramou o que tinha de mais precioso sobre Jesus. Seu quebrantamento. O que quebrou era muito precioso, mas ainda era humano, era palpável, ainda apontava para o que tinha de si mesma, mas o perfume que encheu a casa  apontava para o que era sobrenatural.
Nossa essência na adoração só será manifesta quando nos deixarmos quebrar. Quebrar o que é humano, nos deixar moer, moldar,  pois quando permitimos isso, nossa essência muda. A adoração plena começa com o quebrantamento, ofertando o que temos e recebendo o que Deus tem para nós.
Quando nos derramamos em adoração verdadeira, mesmo com nossas imperfeições, limitações e falhas, somos esvaziados da natureza humana, e assumimos a verdadeira essência de Deus e o resultado é notório a todos que nos cercam.

Faça uma reflexão, se olhar para si mesmo e enxergar muito de você:
ESVAZIE-SE! Experimente o esvaziamento do cântaro e ofereça o esvaziamento da adoração. Sua vida nunca mais será a mesma!

Escreva seu comentário e compartilhe seu testemunho, ficarei feliz em orar com você.

Shalom!

Pra. Denise Monteiro.

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